"A pedido de várias famílias" --- não é, GP?!... ---, incluindo eu próprio que fiquei intrigado com a palavra, aqui vai o significado de "quelha" segundo o Grande Dicionário da Língua Portuguesa (vol IX) coordenado por José Pedro Machado e publicado em 1981 pela Sociedade da Língua Portuguesa através dos Amigos do Livro Editores:
"Quelha s.f. (do lat. canalicula). Calha || Rua estreita, viela || Cano descoberto || Azinhaga || Peça de madeira, que forma ângulo reentrante, nos moinhos de cereais, por onde corre para o olho da mó o grão que sai da tremonha || Ter. de Mouraz. A tremonha do moinho. || Prov. Socalco de terra lavradia. || Prov. trasm. O m. q. quelho
Quelho s.m. Prov. Caleira por onde o grão desce da carreira e que também se chama quelha. || O m.q. beco, viela ou quelha."
Esclarecido o assunto? Ainda não? Então falta o quê? Saber porque é que o "Quelhas" se chamava "quelhas"? Sei lá!... :-) Será que tinha (ele ou antepassados dele) moinhos? Mistériiioooo! E assim vai ficar! Por mim fica...
Mas já agora vejam aqui informações sobre os moinhos de vento onde a certa altura se fala da dita cuja "quelha":
"A última fase é a ensacagem da farinha.
O cereal, depois de preparado é concentrado num pequeno tegão em madeira que através da vibração produzida pela mó leva à sua queda entre as mós (poiso e andadeira) através do olho da andadeira ou movente, seu esmagamento e consequente saída da farinha por acção da rotação e forma de picagem das mós.
Sobre a andadeira situa-se uma caixa de dimensões médias, com o fundo em forma de tronco de pirâmide invertida e aberta - a moega ou tegão -, onde se deita o grão que vai ser moído. O grão corre da moega até ao olho da andadeira, por onde cai (para ser triturado) por uma calha de madeira inclinada - a quelha -; o regulador da quelha gradua a inclinação desta; e o chamadouro do grão, apoiado sobre a mó, faz vibrar a quelha, provocando e assegurando a saída e a queda ininterrupta do grão no olho da mó."
Fim!
Um blogue com fotos do ISEG/UTL (Instituto Superior de Economia e Gestão da Universidade Técnica de Lisboa) e dos seus arredores. Mas não são só fotos. Pretende-se também, através de pequenos textos, dar a conhecer a zona de Lisboa em que o Instituto se insere e, particularmente, conhecer a história escondida por detrás de cada rua, de cada edifício principal. Trata-se de um blogue individual, não tendo a instituição ISEG qualquer responsabilidade pelo mesmo.
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