sábado, 10 de julho de 2010

Esta é fácil...

Pois é: quase todos (?) sabem quem era esse tal "Miguel [Ângelo] Lupi" que deu o nome a uma das "nossas" ruas.


Pintor do século XIX (1826-1883), ficou especialmente conhecido por um famoso quadro do Rei D. Pedro V.

Miguel Ângelo Lupi
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D. Pedro V retratado por Miguel Lupi
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"Em 1863 (...)  Miguel Lupi apresentou-se como candidato à cadeira de Pintura Histórica da Academia de Belas Artes de Lisboa, executando para esse concurso a tela, que intitulou Um beijo de Judas. Sendo aprovado, o público culto da capital saudou com verdadeiro entusiasmo a sua nomeação, a 15 de Fevereiro de 1864, para professor interino da instituição. A partir daí poderia, finalmente, entregar-se definitivamente aos estudos da pintura histórica, os quais eram da sua predilecção.
A partir daqui, Miguel Lupi tornou-se o artista predilecto da Burguesia Lisboeta." (Fonte)

Isto mesmo está patente no grande número de retratos de membros da élite portuguesa da época de que são exemplo os quadros abaixo: o do 1º duque de Ávila e Bolama e o do almirante Francisco Ferreira do Amaral.

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Para além do edifício "Bento de Jesus Caraça", a rua é caracterizada pela existência de um conjunto de edifícios mais antigos e com algum interesse arquitectónico, alguns deles com painéis de azulejos.




O "edifício da Miguel Lupi", baptizado com o nome de um dos mais ilustres professores do Instituto (Bento de Jesus Caraça), foi adquirido pelo ISEG algures em 1976 (?) para aí instalar parte dos seus serviços e gabinteses de docentes. Sujeito a confirmação, o valor pago pelo edifício terá rondado, na época, os cerca de 50-60 mil contos, o equivalente nos dias de hoje a cerca de 6,5-7 milhões de euros.
Construído de raíz para ser habitação de luxo --- as casas de banho forradas a mármore da Arrábida, entretanto esgotado, aí estão para o demonstrar... ---, ele tinha, naquela época, poucos compradores já que muitos dos potenciais clientes se encontravam então... fugidos no Brasil. Coisas do "Verão Quente" de 1975.

Na época e segundo testemunho obtido há alguns anos --- nomeadamente em conversa com o ex-funcionário/pintor, o sr. José Gomes (cadê ele? quem tem obras dele?) ---, a sua construção já foi cheia de dificuldades por o terreno estar "empapado" de água, eventualmente do lençol que abastecia a fonte que está na escadaria que, da R. Miguel Lupi, leva ao Jardim das Francesinhas.

No edifício funcionaram ao longo do tempo a Secretaria de Alunos (r/c), os serviços administrativos do ISEG (1º andar) e a "sala de revistas" da Biblioteca do ISEG (em zona hoje ocupada pela reprografia).

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