domingo, 20 de junho de 2010

Once upon a time...

A internet é uma verdadeira caixinha de surpresas. Fazendo uma busca por "convento das inglesinhas" para tentar descobrir mais sobre o nosso "convento", descobri este "sítio" ["Colégio do Parque"] com informações interessantes sobre o que ele (o edifício) foi ao longo da sua história. Vale a pena ler. Citamos:

"O edifício do Colégio, sito na Rua do Quelhas, nº 6 A, era vulgarmente chamado “Convento das Inglesinhas”, por ter sido convento das Agostinhas de Santa Brígida (Irlandesas). Ficara desabitado desde 1834, ano em que as monjas o abandonaram, já que, embora súbditas de Inglaterra, temiam qualquer violência, em virtude do Decreto que extinguia em Portugal as Ordens Religiosas.

O enorme casarão, já meio arruinado, bem como a Igreja pública anexa, dedicada a Santa Brígida, foram comprados em 1866 por D. Maria da Assunção de Saldanha e Castro, filha dos Condes de Penamacor. A igreja e parte do Convento doou-as aos Jesuítas, na pessoa do P. Francisco Xavier Fulconis, Superior; a parte restante foi, pela mesma, doada às Irmãs de Santa Doroteia, para fundação de um colégio.
A semente germinou e transformou-se em árvore frondosa que ia multiplicando e repartindo os seus frutos: novos colégios, escolas, obra das catequeses, visita a prisões...

Em 1910, o velho vendaval da perseguição religiosa soprou rijo sobre o florescente Colégio do Quelhas.
Na noite de 7 para 8 de Outubro, “durante longas quatro horas, foi medonho o crepitar de balas que nos entraram pelas janelas”. Ao som de tiros, a Superiora do Colégio- Eugénia Monfalim- distribuiu a Sagrada Comunhão a todas as Irmãs, tendo antes dirigido às mesmas, “palavras de conforto para o martírio”. A tais horas da noite, estas cenas eram bem dignas das catacumbas...
Na madrugada de 8 de Outubro, invadido o Colégio do Quelhas, as irmãs viram-se obrigadas a abandonar a casa, sendo conduzidas, em grupos, ao Arsenal da Marinha."

A foto que ilustra a página é, parece, bem antiga mas corresponde, creio que "sem tirar nem pôr", ao ISCEF de 1967, quando nele entrei pela primeira vez.


O varandim que se vê no piso térreo era então o local onde estava instalada a reprografia, ou "secção de folhas", onde, nomeadamente, se compravam as "sebentas" das várias disciplinas escritas pelos respectivos docentes responsáveis.

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